Pesq. Vet. Bras. 29(3):253-257, março 2009 RESUMO.-[Inquérito sobre práticas de manejo e controle das helmintoses em éguas no Brasil.] Vinte nove haras foram selecionados na região do Médio Paraíba, Estado do Rio de Janeiro, os responsáveis pelos animais entrevistados e amostras fecais de éguas foram coletadas e submetidas às técnicas de OPG, Coprocultura, Sedimentocentrifugo-flutuação, Ueno e Baermann modificadas. A prevalência dos helmintos para as éguas e haras foi calculada. A capacidade de suporte, a troca de cama nas baias, a ausência da rotação do pasto, a ausência do tecnificação na propriedade e menor freqüência do tratamento dos animais foram associadas à prevalência maior dos helmintos, indicando que estas variáveis devem ser consideradas em programas de controle dos helmintos de eqüinos. A intensidade do parasitismo foi também associado à capacidade de suporte do pasto, à ausência de esterqueira, à presença dos animais somente nos pastos, à ausência do tecnificação na propriedade, à menos freqüência do tratamento e à ausên-cia de uso da rotação da classe anti-helmintica. TERMOS DE INDEXAÇÃO: Praticas de manejo e controle, helmintos, tratamento, eqüinos.
INTRODUCTIONInternal parasites are a significant threat to the health of horses. Horses are susceptible to more than 60 internal parasites and may harbor several species of worms at any time. (Stoltenow & Purdy 2003). Helminths are an important cause of morbidity and mortality in equines, and the prevalence of infection with these parasites is high enough to clinical parasitism (Proudman & Mattews 2000). In Brazil, in spite of the enormous population of horses, there are few studies on equine helminth control. Also, limited information is available concerning risk factors for worm infection. Twenty-nine stud farms were selected in the Medium Paraíba region of the Rio de Janeiro state, Brazil. After an interview with the person responsible for the animals, faecal samples were collected from mares and analyzed via the EPG technique, faecal cultures, Sedimentation-centrifugo-flotation, and modified Ueno and Baermann techniques. The prevalence of helminths in the mares and in the stud farms was calculated. The stocking rates of pasture, change of horse bedding, absence of pasture rotation, absence of technology in the property, and less frequent treatment of the animals were associated with a greater prevalence of helminths, showing that these variables must be considered in equine control programs. The intensity of the parasitism was also associated with the stocking rate of pasture, absence of dunghill, presence of the animals only in paddocks, lack of technology in the property, less frequent treatment of the animals, and absence of the use of rotation regarding the anthelmintic class.