Introdução: a taquicardia supraventricular é uma arritmia frequente com prevalência de 2,29 a cada 1000 pessoas. Tratamentos medicamentosos e elétrico já são bem delineados em diretrizes como da American Heart Association, porém, acompanhados de risco de efeitos incomodativos ao paciente como falta de ar e sensação de compressão torácica. A estimulação não medicamentosa do nervo vago, como a manobra Valsalva convencional, apresenta pouco efeito colateral, porém, baixa eficácia com cerca de 17% de conversões. Neste cenário, um novo método de estimulação parassimpática tem sido promissor na terapia inicial não medicamentosa: a manobra de Valsalva modificada. Esta consiste na elevação dos membros inferiores após uma expiração contra resistência, visando atingir um maior grau de estimulação vagal. Objetivo: avaliar a taxa de sucesso na reversão de taquicardias supraventriculares pela manobra modificada, por análise dos resultados da execução desta manobra, bem como comparando-a com a manobra de Valsalva convencional. Metodologia: foram feitas pesquisas no banco de dados da Scielo e PubMed pelos termos “tachycardia AND modified Valsalva maneuver”. Artigos publicados 2005 a 2020 foram selecionados e passaram por uma filtragem individual de seus conteúdos (título, abstract e metodologias) buscando homogeneizar assim os resultados. Resultados e Discussão: o artigo apresentado pela Scielo não condizia com este tipo de estudo, e dentre os 29 relacionados pelo PubMed, após filtragem de tempo e critérios de análise individual, 9 trabalhos foram compilados nesta revisão, sendo que 3 fazem uma avaliação isolada da manobra modificada enquanto 6 demonstram uma comparação direta entre as manobras. Todos apontam uma maior eficácia na cardioversão da arritmia pela manobra modificada em comparação com a convencional, sendo uma média das porcentagens de resolução de 48,3% contra 19,6%, respectivamente, sem diferenças significativas nos eventos adversos. Conclusão: A manobra Valsalva modificada gerou uma maior reversão da arritmia do que aqueles que utilizaram a convencional, sem acréscimos de efeitos colaterais e expondo menor número de pacientes a terapias medicamentosas ou cardioversões elétricas.