A instrumentação mecanizada em dentes permanentes já é uma prática consolidada e muito utilizada na odontologia atual. Diversos estudos apresentam vantagens consideráveis, quando comparada com a técnica de instrumentação manual, entre elas pode-se considerar a redução de tempo cirúrgico e o menor desconforto ao paciente durante e após o procedimento. Apesar do custo ser consideravelmente maior quando comparado ao tratamento realizado com instrumentação manual, este é justificável. Entretanto, a endodontia mecanizada para tratamentos endodônticos em odontopediatria ainda é questionável. O objetivo desta revisão de literatura foi identificar vantagens e desvantagens do procedimento endodôntico mecanizado em odontopediatria. Para tanto, realizamos levantamento bibliográfico, considerando publicações do período de 2015 a 2020 nas plataformas PubMed, Google Scholar, Scielo, Springer e Cochrane. Foram selecionados 17 artigos, dentre eles, estudos realizados in vitro, revisões sistemáticas e estudos randomizados e duas referências bibliográficas, o Manual de Odontopediatria (Guedes-Pinto, 2012) e o manual “Diretrizes para Procedimentos Clínicos em Odontopediatria – ABO”, lançado em 2020. Após a triagem dos materiais, 8 artigos, o Manual de Odontopediatria (Guedes-Pinto) e o Manual da ABO foram incluídos nesta revisão. Concluiu-se que, apesar dos significativos benefícios apresentados na instrumentação mecanizada em dentes permanentes, não foram observadas vantagens da técnica quando aplicada em odontopediatria, injustificando o alto investimento.