Introdução: O valor da saliva como meio de diagnóstico de doenças orais e sistêmicas tem sido objeto de estudo de diversos pesquisadores que têm o intuito de acrescentar uma possibilidade de exame complementar. A análise da saliva, como análises baseadas no uso do sangue, tem duas finalidades: o primeiro, para identificar indivíduos com doença e o segundo, para seguir o progresso do indivíduo afetado, avaliando a efetividade do tratamento empregado. Dentre as vantagens do uso desse recurso podemos enfatizar a facilidade de coleta do material bem como, o seu manuseio, que são pontos importantes na operacionalização técnica desse tipo de exame. A saliva pode ser útil na avaliação do risco de cárie e também no diagnóstico de outras doenças utilizando métodos sialométricos (fluxo salivar) e sialoquímicos, onde determinadas substâncias podem ser dosadas e assim contribuir para o diagnóstico de doenças a partir do exame de níveis de elementos inorgânicos e orgânicos, como dosagens hormonais, pesquisa de agentes biológicos virais, bacterianos e fúngicos, além de marcadores biológicos úteis no diagnóstico e prognóstico do câncer. É necessário se considerar um modelo hierárquico utilizado para avaliação diagnóstica da tecnologia que consiste em cinco níveis básicos da análise em que a eficácia de todo o teste de diagnóstico deve ser avaliada: o analítico, que considera a precisão e a exatidão; a sensibilidade e especificidade diagnóstica; a eficácia do resultado para o paciente baseado na tomada de decisão médica; avaliação operacional, que considera o valor preditivo e a eficiência do teste; e o custo/benefício. Objetivo: Realizar ampla revisão da literatura acerca do uso da saliva como meio de diagnóstico de doenças e monitoração da saúde bucal e sistêmica. Conclusão: Os avanços nos estudos de métodos de diagnóstico que utilizam saliva como meio biológico para o diagnóstico e acompanhamento de condições bucais e sistêmicas apresentam resultados promissores o que poderá constituir um meio de exame usado na rotina.