INTRODUÇÃOO tratamento e cuidado na reconstrução da cavidade anoftálmi ca são preocupações humanas desde tempos muito antigos. O uso de próteses oculares, por exemplo, é descrito desde os tempos egíp cios (1) , quando uma prótese de metal com o desenho de um olho era usada para esconder o defeito facial.O emprego das cirurgias de evisceração e enucleação como tra tamento final de algumas alterações oculares foi iniciado apenas na metade do século XIX (1) . E quase que concomitantemente ao desen volvimento das técnicas para enucleação e evisceração, ocorreu a evo lução de materiais a serem utilizados para reparação da cavidade anoftálmica. Vários tipos de implantes já foram testados, entre eles: vidro, polietileno poroso, silicone, hidroxiapatita natural e sintética e polimetilmetacrilato (PMMA) (1) . No Brasil, ainda próximo dos anos 80 do século passado, apesar do grande desenvolvimento no tratamento da cavidade anoftálmica ocorrido em outros países, era muito comum que após as enu clea ções e eviscerações o paciente evoluísse a sua própria sorte, sem a utilização de implantes orbitários, utilizando ou não as próteses ex ternas.Atualmente, o implante de PMMA parece ser o mais utilizado no Brasil. Entretanto, não há dados concretos para confirmar esta suposição.Este estudo procura avaliar quais as condutas mais utilizadas no tratamento da cavidade anoftálmica no Brasil, possibilitando o co nhecimento da realidade brasileira diante desta afecção, assim como comparála à realidade mundial no tratamento da cavidade anoftálmica.
MÉTODOSO presente estudo foi avaliado e aprovado para execução pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Medicina de Botucatu.
Condutas para reparação da cavidade anoftálmica no Brasil