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ResumoIntrodução: Sabemos que quando menor o tempo de imobilidade no leito em pacientes internados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), menor a chance de complicações deste. O cicloergômetro aparece na literatura como uma forma eficaz e segura de mobilização e prevenção de complicações, no entanto ainda é necessário identificar se é possível obter os mesmos efeitos, de forma segura, através de um cicloergômetro adaptado ao leito, sendo este é uma alternativa mais barata. Objetivo: Verificar os efeitos agudos do uso de um cicloergômetro adaptado ao leito na hemodinâmica e aceitação dos pacientes internados em UTI. Métodos: 13 pacientes (64 ) internados na UTI, hemodinamicamente estáveis e sem uso de ventilação mecânica. Realizaram uma única sessão de exercício ativo de membros superiores (MMSS) e inferiores (MMII) com o cicloergômetro (sem carga), com tempo total de 16 min (8min/membro). Avaliados quanto ao nível de dispneia (escala de BORG), frequência respiratória (f), frequência cardíaca (FC), saturação periférica (SpO 2 ), pressão arterial (PA), antes (0ºmin), durante (4ºmin) e após (8ºmin) exercício para MMSS e MMII separadamente. Um questionário de aceitação foi aplicado. Os dados foram analisados pelo Software SPSS Statistic 22.0, expressos como mediana (intervalo interquartil 25%-75%). O teste de Friedman aplicado para comparação entre os momentos basal, durante e final (MMSS e MMII), seguido de post hoc teste. O teste de Mann-Whitney aplicado para comparar somente os sinais vitais finais em MMSS e MMII. Coeficiente de Spearman para verificar associações. A significância estatística determinada foi de p<0,05. Resultados: As principais alterações dos sinais percebidos nos membros no 0min, 4min e 8min, respectivamente, foram: PAS (mmHg) , 150 e 160 [135-160], p<0,05); FC (bpm) (MMSS 82[69-99], 91[72-120] e 98[79-107], p=0,001; MMII 90[71-104], 92[72-110] e 89[75-110], p=0,009); SpO 2 (%) (MMII 96[90-98], 92[88-95], 93[89-95] p=0,035). Não houve diferença estatística entre os valores finais percebidos nos MMSS e MMII. Conclusão: O exercício provocou alterações na PA, FC e SpO 2 , consideráveis aceitáveis. Adicionalmente, houve boa aceitação do paciente à realização do cicloergômetro de forma adaptada ao leito.