Introdução: Investigar os hábitos relacionados ao estilo de vida e o nível de satisfação com a saúde entre professores é uma estratégia eficaz para fundamentar futuras ações que busquem a mudança de comportamento, melhorem as condições de saúde, satisfação com o trabalho, níveis de estresse e minimizem os afastamentos de sala de aula. Objetivo: Avaliar o nível de atividade física e satisfação com a saúde entre professores da educação básica. Métodos: Estudo observacional transversal conduzido com 142 professores de ensino fundamental de Campo Grande/MS. Foram avaliadas características sociodemográficas, profissionais e hábitos de vida. O nível de atividade física foi avaliado pelo IPAQ-versão curta e a satisfação com a saúde por meio de escala likert de 1 a 5 (muito insatisfeito a muito satisfeito). A estatística descritiva foi aplicada na caracterização do nível de atividade física e nos escores de satisfação com a saúde. As comparações entre o nível de atividade física, satisfação com a saúde e demais variáveis foram realizadas pelo teste de Mann Whitney e as associações pela Regressão Linear Múltipla. Resultados: Quase metade dos professores eram insuficientemente ativos (47,2%) e, em proporção semelhante, classificou a própria saúde de forma negativa ou indiferente (23,2% e 25,4%, respectivamente). Maiores níveis de satisfação com a saúde foram identificados entre os professores que trabalhavam até 20 horas semanais (p=0,049), os que não fumavam (p=0,014) e os suficientemente ativos (p0,001). Na análise multivariada, a satisfação com a saúde esteve associada ao maior nível de atividade física (p=0,001). Conclusão: Professores fisicamente ativos apresentaram maior satisfação com a própria saúde. No entanto, há muitos professores com nível insuficiente de atividade física habitual.