O objetivo desta pesquisa foi avaliar a geração de resíduos de pescado e a percepção ambiental dos peixeiros quanto aos impactos ambientais causados pelo armazenamento temporário e a disposição final dos resíduos gerados em três feiras livres do município de Marabá – Pará. O método utilizado foi o indutivo com abrangência quantitativa e qualitativa. Foram efetuadas quatro visitas in loco, para obtenção de dados primários. Os secundários foram obtidos em links eletrônicos de acesso livre. A análise dos dados obtidos indicou que são comercializados nove gêneros de pescados; a maior quantidade comercializada ocorreu na Feira da 28 (2.114,9 kg/mês); foram identificados e quantificados três tipos de residuos orgânicos: um (peles: 77,4±0,0); dois (carcaça, 14,0±4,7) e três (outros 88,4±21,6); o armazenamento temporário é realizado em baldes (8,3±1,5) e sacos plásticos de 100 L (2,3±1,5), foi observada que não há segregação residual (6,7±3,1); todos os indivíduos amostrados (n = 36: 100%) informaram que os resíduos coletados pela prefeitura, são destinados ao aterro controlado sem o tratamento adequado. Em relação a percepção ambiental de impactos causados pelo descarte inadequado, ainda há desconhecimento disso (7,0±2,0); a grande maioria deles não tem conhecimento sobre as alternativas sustentáveis para os resíduos orgânicos (7,3±0,6), mas a minoria conhece (3,7±2,9), e citaram ração animal (5,0±2,7) e adubo orgânico (2,0±3,1) como solução adequada. Logo, as condições higiênico sanitárias nas três feiras não são adequadas e que necessitam urgentemente de correções para adequação às legislações sanitárias e ambientais como, por exemplo, a Resolução CONAMA 275/01.