O manejo inadequado de plantas aquáticas e seus resíduos influenciam a ecologia de rios, lagos e o ambiente do entorno, desse modo, encontrar um destino adequado para resíduos e quando possível reutilizá-los tem grande importância dentro do contexto da sustentabilidade ambiental, no entanto, o uso de resíduos orgânicos, muitas vezes, depende da transformação do material inicial em substâncias húmicas estabilizadas, para liberação de elementos químicos. Desse modo, objetivou-se a formulação de compostos e vermicompostos, a partir de macrófitas aquáticas, para uso agrícola. No experimento as macrófitas foram submetidas ao processo de compostagem natural e vermicompostagem (compostagem com minhocas Eisenia foetida), os quais foram testados em cultivo protegido em vasos (5 L), utilizando o milho variedade DKB 390 PRO3 como planta indicadora. O experimento seguiu o delineamento inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 3 x 5, sendo 2 tipos de produtos ou compostagem (natural, apenas com adição de água e vermicompostagem (adição de água e 1,0 kg de minhoca por m3 de material)), 3 tempos de compostagem (20, 40 e 60 dias) e 5 doses (0, 20, 40, 80 e 120 t ha-1), com 4 repetições e uma planta por vaso após desbaste. Tanto o composto como o vermicomposto aumentaram os teores de P, MO, K+, Ca2+ e Mg2+ do solo e foram eficientes para o crescimento inicial do milho, que não apresentou diferenças para índice de velocidade de emergência, altura, diâmetro de colmo, número de folhas, massa fresca e seca da parte aérea e do sistema radicular, comprimento e volume de raiz, quando em solo condicionado com composto ou vermicomposto. Estes resultados indicam ser desnecessário o uso da vermicompostagem das macrófitas e mostram que é possível utilizá-las para condicionamento químico do solo agrícola.