Resumo Introdução O delirium é um quadro clínico complexo caracterizado por uma expressão neuropsiquiátrica de doença orgânica, em que o indivíduo apresenta súbita alteração da capacidade cognitiva, possíveis flutuações do sono, consciência e atenção. O tratamento do delirium deve ser realizado por meio de uma abordagem multicomponente e interdisciplinar. Objetivo Conhecer as intervenções não farmacológicas para o manejo de delirium por equipe multiprofissional e aquelas conduzidas especificamente pelo terapeuta ocupacional. Método Revisão bibliográfica integrativa da literatura indexada nas bases Lilacs, Pubmed, Scopus e Web of Science e SciELO sem recorte temporal. Resultados As intervenções visavam o empoderamento e a participação de todos os agentes envolvidos no tratamento do paciente com delirium. Destacaram-se estratégias voltadas para: o aumento da autonomia e da independência do paciente; adequação das condições ambientais, de modo a promover segurança, conforto, familiaridade e orientação temporal-espacial; adaptação da rotina para favorecer o ciclo sono-vigília; estimulação física, cognitiva e sensorial; melhora do desempenho ocupacional e estímulo à realização de atividades significativas; prescrição de recursos de tecnologia assistiva e terapias complementares, quando indicado; avaliação e monitoramento constante do paciente; controle da dor, de sintomas emocionais e de condições clínicas que predispõem ao delirium; melhora da comunicação do paciente e sua vinculação com a equipe e com a rede de apoio; e educação em saúde. Conclusão As intervenções visam à integralidade do cuidado e devem, portanto, ser realizadas pelos diferentes profissionais que componham a equipe, destacando-se o papel que os terapeutas ocupacionais exercem no gerenciamento do delirium.