“…Acreditamos que compartilhar, neste texto, reflexões sobre essas práticas e desejos, bem como sobre a estruturação de Comunidades de Prática e do NucLi Inglês-IsF da UFPR como uma CP, possa contribuir para novos olhares, por parte de instituições formadoras e de formadores de professores, em relação a espaços de formação inicial já existentes e a espaços que venham a ser constituídos, como uma alternativa às ações isoladas e pontuais bastante comuns nas Instituições de Ensino Superior, nas quais muito se fala sobre práticas, mas pouco se aprende nas e com as práticas -discursivas, situadas e colaborativas. Contrárias à concepção de aprendizagem como um processo individual e descontextualizado de aquisição do conhecimento que, segundo Wenger (1998) é "irrelevante, chato e árduo" acreditamos que a formação de professores em Comunidades de Prática promove, nas palavras de Wenger, modos criativos de engajar os alunos em práticas significativas, de prover o acesso a recursos que ampliem sua participação, de abrir horizontes para que eles possam se colocar em trajetórias de aprendizagem com as quais se identificam, e de envolvê-los em ações, discussões e reflexões que façam diferença para as comunidades que valorizam 3 (WENGER, 1998a, p.10). Partindo desses princípios e com o objetivo de apresentar e discutir práticas, experiências e reflexões vivenciadas em nosso trabalho pedagógico no Programa IsF e teorizadas em nossos estudos no curso de Pós-graduação em Letras na UFPR, caracterizamos o Núcleo de Língua Inglesa (NucLi Inglês) do Programa Idiomas sem Fronteiras da Universidade Federal do Paraná (IsF -UFPR) como uma Comunidade de Prática (CP), apresentando, para isso, um referencial teórico que traz uma breve descrição da definição e características de uma CP a partir de textos de Lave (1988), Lave;Wenger (1991), Wenger (1998aWenger ( , 1998bWenger ( , 2000Wenger ( , 2002Wenger ( , 2010, de Wenger;McDermott;Snyder (2002), de Kimble;Hildreth (2008), de Halu (2010), de Calvo et al (2014) e de Fogaça;Halu (2017). Na sequência, relacionamos tal referencial às práticas desenvolvidas e às narrativas de seus participantes, além de apresentarmos uma reflexão sobre as identidades dos membros dessa CP, que estariam em constante re/construção de acordo com as práticas situadas vivenciadas no grupo.…”