Confl itos de interesse: nada a declarar. Resumo Objetivo: Analisar comparativamente as atitudes e as experiências de enfermeiros de cuidados primários de Brasil e Portugal frente à pessoa com doença mental. Métodos: Estudo transversal, quantitativo realizado com 500 enfermeiros de cuidados primários. A coleta dos dados ocorreu por meio de questionário sócio demográfi co e da escala "Opiniões sobre a Doença Mental". Aplicou-se estatística descritiva e correlacional, com os testes de Mann-Whitney e correlação de Spearman (p<0,05). Resultados: Os enfermeiros brasileiros e portugueses demonstraram atitudes positivas ao apresentar, no total das dimensões da escala, pontuação abaixo da média (43%) e (74%), respectivamente, exceto nas dimensões Autoritarismo (M=44,6), Restrição Social (M= 42,0) e de Etiologia Interpessoal (M=30,6) frente à pessoa com doença mental, os enfermeiros brasileiros apresentaram média mais elevada. Conclusão: No geral, as atitudes em ambos os países em relação às pessoas com doença mental são positivas, exceto na dimensão Autoritarismo. As experiências de cuidados interferem nas atitudes dos enfermeiros nos dois países. Atitudes negativas devem ser reconhecidas e desconstruídas para inclusão da saúde mental nos cuidados primários.