O artigo problematiza os achados, em um município do Sul do Brasil, de uma pesquisa sobre a produção de cuidado nas redes de atenção à saúde, no que se refere à potência do vínculo como conceito-ferramenta para a reorganização dos processos de trabalho de equipes de saúde. A estratégia metodológica foi a abordagem cartográfica, mediante o acompanhamento de experiências vividas com três usuários-guia, visando aproximar a perspectiva dos investigadores daquelas dos usuários. Problematizou-se o reconhecimento mútuo e a busca de relações simétricas, com deslocamento das posições de saberes como condição ética para a emergência do vínculo. Propõe-se a construção do vínculo como potente estratégia para transformação das práticas cotidianas de saúde, a partir de um projeto ético-estético-político centrado nas demandas e necessidades em saúde dos usuários, em sua singularidade, e mediante relações simétricas.
Resumo Objetivo Estimar a prevalência de síndrome metabólica (SM), de seus componentes e fatores associados em adultos de 40 anos ou mais. Métodos Estudo transversal, de base populacional, com 1.180 residentes em um município brasileiro de médio porte da Região Sul. Realizaram-se entrevistas domiciliares, avaliações antropométricas e exames laboratoriais. A SM foi definida de acordo com o critério harmonizado de 2009. Foram analisadas variáveis sociodemográficas, comportamentais e de utilização de serviços de saúde. Utilizaram-se o teste de qui-quadrado, exato de Fisher e teste de Wald na análise de múltiplos fatores pela regressão de Poisson. Resultados Entre os entrevistados, 959 (81,3%) realizaram exames laboratoriais e medidas antropométricas. A prevalência de SM foi de 53,7%, mais elevada em mulheres e em idades mais avançadas. A presença de cinco componentes da SM foi observada em 12% dos participantes (15,8% mulheres e 7,3% homens). Após ajustes, apenas a idade se associou à SM. Conclusão A elevada prevalência de SM e de seus componentes, distinta em cada sexo e grupo etário, aponta a necessidade de ações de enfrentamento com abordagens coletivas e estabelecimento de metas terapêuticas individuais.
ResumoObjetivoVerificar a prevalência simultânea de comportamentos relacionados à saúde e analisar a sua associação com condições sociodemográficas e de saúde na população com 40 anos ou mais de idade de um município de médio porte da região Sul do Brasil.MétodosTrata-se de um estudo de base populacional. Os comportamentos de risco investigados foram: inatividade física no lazer, consumo irregular de frutas e de verduras, tabagismo e consumo abusivo de álcool. As variáveis dependentes do estudo foram o somatório da exposição dos comportamentos de risco e as possíveis combinações entre dois comportamentos.ResultadosObservou-se associação entre todos os comportamentos, com exceção da inatividade física no lazer com o consumo abusivo de álcool. Em geral, os homens apresentaram maior prevalência de presença de três e quatro comportamentos e entre as combinações possíveis dos comportamentos. As variáveis independentes faixa etária, nível econômico e educacional, situação conjugal e percepção de saúde também se mostraram associadas aos desfechos investigados.ConclusõesSugere-se que as políticas e as estratégias de promoção da saúde foquem o comportamento de maneira ampla e não se limitem às ações pontuais para cada comportamento isolado.
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