“…A construção progressiva desta camada protetora de ozono, a partir de há uns 2 mil Ma (e.g., Glikson, 2014;Maruyamab et al, 2014) ou mesmo antes, talvez há cerca de 2,6 Ma (Watanabe et al, 2000;Cockell & Raven, 2007), juntamente com o enriquecimento da atmosfera em oxigénio, permitiu que as formas de vida migrassem até às camadas superficiais do oceano, viabilizando a proliferação do fitoplâncton, sendo mesmo possível que, nessa altura, tivessem ocorrido as primeiras tentativas de colonização de áreas emersas (Cockell & Raven, 2007). Há cerca de mil Ma ocorreu outro GOE, normalmente conhecido por Evento Neoproterozoico de Oxigenação (e.g., Ward et al, 2006;Shields-Zhou & Och, 2010), que, progressivamente, criou condições para que, mais tarde, com início há cerca de 600 Ma, se verificasse o aparecimento de forma complexas de vida, cuja "explosão" se verificou no Câmbrico, há cerca de 541 (e.g., Marshall, 2006;Butterfield, 2007;BaudouinCornu & Thomas, 2007). Depois dessa altura, o oxigénio atmosférico continuou a ser um fator determinante na progressiva adaptação da vida, nomeadamente dos artrópodes e vertebrados, aos ambientes terrestres (e.g., Ward et al, 2006;Baudouin-Cornu & Thomas, 2007).…”