O megaesôfago se caracteriza pela hipomotilidade esofágica associada a distensão total ou parcial do órgão, podendo ser classificado como congênito, adquirido idiopático ou adquirido secundário. Sabe-se que a patogenia da forma congênita não é bem elucidada, contudo, os principais sinais clínicos são relatados após o desmame e cursam com quadros de regurgitação, retardo no desenvolvimento do filhote e nos casos mais graves, complicações como pneumonia por aspiração. O diagnóstico é baseado através da anamnese, exame clínico, radiografias (simples e contrastadas) e exclusão de causas secundárias. Já o tratamento, fundamenta-se no manejo alimentar e correção de complicações secundárias. O objetivo deste trabalho é relatar o caso incomum de um cão da raça pinscher, de cinco meses de idade, com queixa de apatia, apetite voraz, regurgitação iniciada após o desmame e perda de peso progressiva. Frente as alterações, foram realizadas radiografias simples e contrastadas, que evidenciaram megaesôfago e após a exclusão de causas secundárias, confirmou-se o diagnóstico de megaesôfago congênito. Realizou-se então, o manejo alimentar, a fim de manter o aporte calórico, com dieta pastosa, fracionada cinco vezes ao dia, com a paciente sendo mantida em posição bipedal durante e após a alimentação. A paciente apresentou melhora significativa do escore corporal e redução dos quadros de regurgitação.