Introdução: A população idosa vem crescendo consideravelmente no país, com projeções futuras de inversão da pirâmide etária. O aumento da sobrevida se dá pela diminuição de taxas de natalidade e mortalidade infantil e pela melhor qualidade de vida. Esta faz com que os idosos pratiquem atividades que antes não se sentiam capazes, como o sexo. Com a prática frequente, as taxas de infecções sexualmente transmissíveis vêm aumentando consideravelmente, o que coloca a população idosa em situação de vulnerabilidade às infecções. Existem alguns fatores que levam a esse aumento dos índices de infectados. Portanto, o objetivo da presente pesquisa é analisar por meio de dados da última década disponíveis na literatura a justifica deste aumento de infecções sexualmente transmissíveis na população idosa. Metodologia: As pesquisas foram feitas de julho a setembro de 2022 nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SCIELO), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google Acadêmico. Os critérios de elegibilidade são artigos publicados de 2012 até 2022 em português e inglês, e excluídas outras revisões de literatura. Na estratégia de busca, foram identificados 80 trabalhos através dos títulos e excluídos 10 por entrarem nos critérios de exclusão. Na próxima etapa, foram lidos os resumos, sendo selecionados treze trabalhos para leitura completa. Resultados: A amostra compôs treze estudos: dois oriundos da SCIELO, quatro da BVS e sete do Google Acadêmico. Dez artigos avaliaram idosos por meio de questionários/entrevistas, observando dados sociodemográficos e seus conhecimentos e/ou comportamentos perante às infecções sexualmente transmissíveis. Os três artigos restantes também utilizaram questionários e entrevistas, mas com profissionais de saúde, avaliando suas ações relacionadas à temática. Conclusão: Conclui-se, portanto, que os principais fatores que justificam o aumento dos índices de infecções sexualmente transmissíveis são a baixa escolaridade e renda, as crenças, a autopercepção dos idosos e a pouca adesão dos profissionais de saúde em trabalhar com o tema. Logo, sem educação e acesso a informações suficientes, os idosos têm comportamentos sexuais inadequados aumentando as taxas de infecção no Brasil.