“…A partir das duas análises referentes às representações sociais dos idosos acerca da família, nota-se a percepção da necessidade de cuidados pelos familiares, o que de acordo com Martins (2013), há uma inversão de papéis no que tange aos cuidados, isto é, o idoso que já teve filhos para cuidar e sob sua dependência, agora é quem carece de assistência e torna-se mais dependente. Para os familiares os idosos se resignam a um papel passivo, por estarem velhos (Martins, 2013;Medeiros, 2012), portanto não podem mais sair sozinhos ou realizar as tarefas diárias, ficando a encargo da família o suporte às atividades rotineiras (Camargo, Rodrigues, & Machado, 2011), fato que corrobora com representações sociais em torno da dependência aprendida, como mostrado nos resultados deste estudo. Essa retirada de autonomia dos indivíduos faz com que esses percam o poder de decisão sobre a própria vida, sendo que tal processo configura um reflexo de uma cultura hospitalocêntrica (Medeiros, 2012 autocuidado, como forma de manutenção da autonomia (Araújo, Paúl, & Martins, 2011).…”