tem exigido mais qualificação dos trabalhadores, o que aumenta a relevância do construto desenvolvimento profissional. O objetivo deste estudo foi testar um modelo de predição da percepção do desenvolvimento profissional. Participaram da pesquisa 320 trabalhadores de diferentes categorias profissionais de organizações públicas e privadas. O questionário continha três escalas, todas com bons indicadores psicométricos. Os resultados apontados a partir da regressão múltipla confirmaram que percepção de justiça organizacional e resiliência predizem positivamente a percepção de desenvolvimento profissional, sendo que esta demonstra maior poder preditivo. Os resultados foram discutidos de acordo com a teoria do desenvolvimento profissional. (2015), é a sétima maior economia no ranking mundial, a demanda por desenvolvimento profissional da população torna-se ainda mais premente, como condição para manter ou melhorar tal posição. Posicionado entre os sete países com maior PIB (Estados Unidos, China, Japão, Alemanha, França, Reino Unido e Brasil), o Brasil conta com um desafio grande em termos de escolarização e qualificação de seus recursos humanos (Banco Mundial, 2010). A importância da escolarização e da qualificação profissional no Brasil e o repensar das estratégias atualmente utilizadas têm sido um tema de pesquisa no país (Mota & Maués, 2014).
PalavrasO desenvolvimento profissional é resultado de um conjunto extenso de variáveis, como as ações de capacitação, a aprendizagem informal no local de trabalho, a experiência adquirida ao longo dos anos (Mourão, Porto, & PuentePalacios, 2014). Entre as muitas variáveis que podem afetar o desenvolvimento profissional, algumas dizem respeito à relação que a pessoa mantém com a organização à qual está vinculada (Lauber, Taylor, Decker, & Knuth, 2010). A resiliência, caracterizada como um processo dinâmico em que as influências do ambiente e do indivíduo interagem reciprocamente e permitem à pessoa adaptar-se e seguir adiante mesmo quando defrontados com situações adversas e estressantes (Yunes, 2003; Yunes & Szymansky, 2001)