INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente na população feminina brasileira, sendo o linfedema uma de suas principais complicações cirúrgicas. OBJETIVO: Verificar a relação do índice de massa corpóreo e o desenvolvimento do linfedema no pós-operatório de câncer de mama, sua relação com o tipo de tratamento e ao tempo pós-cirúrgico. MATERIAIS E MÉTODOS: Foram levantados prontuários de 59 mulheres no período de maio de 2008 a fevereiro de 2009 utilizando dados da anamnese; exame físico; perimetria, volume estimado; relatos, sintomas e dados em prontuário. A análise foi feita por meio de médias e desvios padrões para as variáveis quantitativas e qualitativas (absoluta e relativa) e para verificação dos fatores de risco foi utilizado o Teste t de Student e Teste Qui-quadrado de Pearson com nível de significância de 5%. RESULTADOS: A frequência de linfedema foi de 47,5%, sendo que 40,7% eram obesas. Observou-se diferença significativa entre os grupos de linfedema e IMC (p=0,002). Nota-se ainda diferença significativa entre linfedema no grupo sem radioterapia de axila (p=0,003) e associação entre o tempo pós-cirúrgico e linfedema (p=0,006), sendo maior após 6 meses de cirurgia. CONCLUSÃO: Existe correlação entre obesidade e desenvolvimento do linfedema. Os tipos de tratamento parecem não ter influenciado o seu desenvolvimento e quanto mais tempo decorrido pós- cirurgia, maior o risco do seu aparecimento.