RESUmONosso propósito nesse artigo é demonstrar que o ato de contar histórias nunca é inocente. Por meio dele identidades homogêneas são legitimadas ao longo dos séculos e a manutenção de uma perspectiva monocultural costuma estar, frequentemente, associada às práticas de leitura. Queremos propor a utilização dessa ferramenta para auxiliar-nos na desmontagem de processos identitários hierarquizantes. Baseadas numa perspectiva multicultural, acreditamos que esse dispositivo permite a abertura para o entrelugar e sua ocupação por aquelas(es) que, vivendo às margens, são excluídas(os) dos processos que costumam movimentar os universos de diferentes campos de atuação.Palavras-chave: contação de histórias; multiculturalidade; diversidade sexual.
RESUmENNuestro objetivo en este artículo es demostrar que el acto de narrar cuentos nunca se da sin propósitos. A través de eso, identidades homogéneas son legitimadas a lo largo de los siglos, y el mantenimiento de un punto de vista mono cultural generalmente está conectado a las prácticas de lectura. Queremos proponer la utilización de esta herramienta para auxiliarnos a desarmar los procesos de identidad jerarquizantes. Basadas en un punto de vista multicultural, creemos que ese dispositivo permite la abertura para el entre-lugar y su ocupación por aquellos(as) que, viviendo en las márgenes, son excluidos(as) de los procesos que generalmente mueven los universos de diferentes campos.Palabras clave: narración de cuentos; multiculturalismo; diversidad sexual.
ABSTRACTOur purpose in this article is to demonstrate that the act of telling stories is never innocent. By means of it homogeneous identities have been legitimated throughout the centuries and the maintenance of a monocultural perspective is often associated to the reading practices. We intend to propose the utilization of this tool to help us with the dismantling of hierarchizing identitary processes. Based on a multicultural perspective we believe that this device enables the opening for the in-between place and its occupation by those who, living on the margins, are excluded from the processes that often move the universes of different fields of action.