RESUMO Em bovinos, a utilização da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) serve como ferramenta para aumentar os índices reprodutivos e a rentabilidade. Objetivou-se avaliar a taxa de gestação de fêmeas bovinas em diferentes períodos pós-parto, submetidas à IATF. Para tanto, 77 fêmeas (oito novilhas, 22 primíparas e 47 vacas), da Raça Nelore, em diferentes períodos pós-parto, foram submetidas a exame ginecológico completo, avaliação da presença de corpo lúteo ovariano (CL) e escore de condição corporal (ECC-escala de zero a cinco). Na ausência de alterações reprodutivas foram submetidas ao seguinte protocolo hormonal: dia zero-manhã, aplicação intramuscular (IM) de 2mg de benzoato de estradiol (Sincrodiol®) e implantação de dispositivo intravaginal de progesterona de primeiro uso (Sincrogest®); dia nove-manhã, retirada do dispositivo de progesterona, aplicação IM de 0,52mg de PGF2alfa (Sincrocio®) e de 300UI de eCG (Sincro eCG®); dia 10tarde aplicação IM, 0,01mg de GnRH (Sincro forte®) e no dia 11-manhã, a IATF utilizando-se sêmen de touros de diferentes raças e qualidade comprovada. As fêmeas não gestantes, diagnosticadas pela ultrassonografia, no dia 56 foram novamente submetidas ao protocolo anterior, porém utilizando-se implante de progesterona de segundo uso. Nas condições desse estudo, concluiu-se que a taxa de gestação foi semelhante entre as fêmeas, independente da categoria, do período pós-parto, da presença de CL no dia zero, da reutilização do dispositivo de progesterona e da raça do touro. No entanto, fêmeas com maior ECC apresentaram taxa de gestação superior. PALAVRAS-CHAVE: IATF, sincronização de estro, taxa de gestação.