Introdução: A contaminação bacteriana em concentrados plaquetários (CPs) constitui um problema crítico devido ao risco de eventos sépticos associados à transfusão. A cultura microbiológica dos CPs apresenta alguns desafios como o volume pequeno do inóculo inicial e o tempo para a liberação do resultado. Neste estudo nós avaliamos o desempenho na detecção da contaminação em 79 amostras de CPs provenientes do Hemocentro do Estado do Rio Grande do Sul de Santa Maria no ano de 2010 por duas diferentes metodologias. Material e Métodos: Cultura bacteriológica quantitativa: semeadura de 100 µL de CPs em ágar sangue; e marcadores metabólicos: medida de glicose e pH com tiras reagentes. Resultados: Em todas as análises deste estudo a glicose apresentou valores positivos e 91,13% ficou com pH acima de 7,5 e 8,87% abaixo de 7,0. No 5º dia 83,55% das amostras apresentaram glicose negativa. Não houve crescimento bacteriano em nenhuma das amostras que apresentaram pH inicial ácido. A taxa de contaminação bacteriana foi de 1,27% (Staphylococcus epidermidis). Conclusão: Concluímos que os marcadores metabólicos utilizados não permitiram a detecção da contaminação bacteriana, uma vez que a amostra positiva não mostrou relação com a acidificação do pH e do consumo da glicose