A urbanização, que se intensificou no século XX, supõe a substituição de ambientes naturais por centros construídos, onde o meio está organizado para permitir a sobrevivência do homem. Ao criar este ambiente artificial a partir da concentração de indústrias, do adensamento das edificações, da impermeabilização do solo e diminuição das áreas verdes, entre outros padrões específicos do uso urbano, o homem atua como agente modificador do clima local. Estas mudanças resultantes do processo de urbanização geram o denominado "clima urbano", definida como "um sistema que abrange o clima de um dado espaço terrestre e sua urbanização" (MONTEIRO, 2003). Diversos autores (CORREA, 2008; FROTA, 2003; NÓBREGA; VITAL, 2010) têm relatado as diferenças microclimáticas promovidas nas cidades pelo processo de urbanização. Sabe-se que mudanças na paisagem cênica determinam condições que interferem diretamente na qualidade de vida dos habitantes das cidades. Nesse contexto, o processo de urbanização da origem ao chamado "ecossistema urbano". Tal denominação refere-se à substituição do habitat natural por outro mais adequado às necessidades das pessoas. Entretanto, o ambiente artificial tem excedido no metabolismo de seus habitantes, a necessidade crescente de equilíbrio entre homem e meio ambiente, envolvendo elementos naturais, como espaços livres de construções, presença de vegetação e água (MODNA; VECCHIA, 2003) Quanto a essas modificações do clima nas cidades, elas podem ser ocasionadas pelos seguintes fatores: presença de poluentes no ar; os materiais utilizados nas construções e uso da pavimentação em lugar do solo natural; a grande densidade de ocupação; as atividades humanas geradoras de calor; a remoção das águas das superfícies e a diminuição de áreas verdes modificam o balanço de energia alterando as trocas térmicas entre a superfície e o meio a presença de poluentes no ar. O ambiente urbano apresenta características climáticas em escala local (BARBUGLI, 2004) Consequentemente, a cidade e o dinamismo urbano atuam como geradores de um clima urbano. Pois, a modificação do espaço, em forma de verticalização das edificações, impermeabilização do solo e redução das áreas verdes, ou seja, essas alterações ocorrem em função de atividades antropogênicas. Essas ações, direta ou indiretamente favorecem a formação de microclimas distintos em diferentes regiões da cidade ocorrendo assim, o fenômeno denominado ilha de calor (ROSSI; KRUGER, 2005). Dentre as diversas transformações que ocorrem no espaço urbano pode-se citar a supressão vegetal, que é um dos maiores fatores contribuintes para alterar o clima da cidade, por meio de mudanças nos seus elementos meteorológicos como, por exemplo, a umidade relativa do ar. Por isso, ao se discutir as mudanças climáticas causadas pela urbanização, atribui-se a própria cidade, uma das responsabilidades pelo aquecimento, já que se produz calor, metabolismo da massa dos seres vivos e dos animais, adicionado pela combustão de milhares de veículos motorizados, mas, a principal causa advém da substitu...