A esquizofrenia é um dos mais graves transtornos mentais e atinge aproximadamente 1% da população mundial. Caracteriza-se por uma desorganização de diversos processos mentais e por alteração do comportamento, evoluindo com recaídas (recorrência de sintomas), na maioria dos casos, que podem resultar em que a vida afetiva, social e produtiva do paciente fique severamente comprometida. Pode representar ainda um impacto importante na vida dos familiares, o que vem sendo conceituado como "sobrecarga familiar", bem como custos relevantes para toda a sociedade. No Brasil, a esquizofrenia corresponde ao 5º lugar na manutenção de auxílio-doença no país 1 .Para o presente trabalho, os procedimentos de atenção à condição esquizofrenia, inclusive a intervenção familiar, foram identificados, inicialmente, a partir do livro-texto de Kaplan & Sadock 2 , e de documentos governamentais do Canadá 3 e dos Estados Unidos 4 . Esse último documento aponta que das intervenções psicossociais testadas para o tratamento da esquizofrenia, a partir da década de 70, apenas para a chamada "intervenção familiar", haveria um volume de ensaios clínicos bem desenhados com resultados consistentes.A análise das propostas de intervenção familiar dos ensaios foi previamente efetuada 5 com ] was equivalent to that of the behavioral therapy subgroup and the "pragmatic" subgroup