Coping: estratégias de enfrentamento de profissionais da saúde atuantes na assistência durante o contexto de combate à pandemia da COVID-19

Abstract

A pandemia da COVID-19 tem causado impactos em diversas áreas da sociedade brasileira principalmente no que diz respeito ao SUS que precisou de adaptações para combater de maneira eficiente o novo coronavírus. Nesse contexto de exigências e mudanças constantes, os profissionais de saúde foram afetados tanto fisicamente, devido à possibilidade de contaminação e jornadas exaustivas de trabalho, como também psicologicamente, com a manifestação de sintomas como ansiedade, medo, estresse e depressão. Essa pesquisa teve caráter quantitativo com o objetivo de levantar informações a respeito das estratégias individuais que são utilizadas para adaptação e superação de contextos estressantes e adversos, processo também conhecido como coping. A amostra foi constituída por 22 profissionais de saúde (5 da enfermagem, 4 da fisioterapia, 5 da nutrição e 8 da psicologia) que estão ou estiveram atuando dentro do fluxograma assistencial descrito no Plano de Contingência do Distrito Federal para o combate a pandemia da COVID-19. Realizou-se a aplicação do Inventário de Estratégias de Coping de Folkman e Lazarus adaptado para o português, utilizando uma plataforma online de formulários. Os resultados demonstraram que a estratégia mais utilizada pelos profissionais foi “reavaliação positiva” (18%), seguida de “suporte social” (16%), “autocontrole” (15%), “resolução de problemas” (14%), “fuga-esquiva” (12%), “afastamento” (9%), “confronto” (9%) e a estratégia menos utilizada foi “aceitação de responsabilidade” (7%). Embora existam algumas diferenças relacionadas à utilização das estratégias ao comparar as profissões, é possível observar que elas convergem no sentido de um enfrentamento mais positivo e consciente diante deste contexto.
 Palavras-chave: Coping; estratégias de enfrentamento; profissionais da saúde; saúde mental

Estratégias de coping de profissionais da saúde de Piracicaba durante a COVID-19

“…No presente estudo, o coping mais expressivo foi a reavaliação positiva, a qual utiliza o controle emocional para mudar e ressignificar uma situação, trazendo uma perspectiva mais positiva, buscando novas crenças e valores, exercício da criatividade, a transcendência e o crescimento pessoal (Savóia et al, 1996). Outra pesquisa que corrobora estes achados foi um estudo realizado com 22 diferentes profissionais de saúde da área hospitalar no Distrito Federal também apontou que a reavaliação positiva representou o fator mais significativo em relação às demais formas de enfrentamento, seguida do suporte social e resoluções de problema em terceiro (Sousa & Hidaka, 2021). Segundo os autores, a reavaliação positiva é uma forma de enfrentamento muito utilizada em profissionais de saúde devido às situações estressantes que lidam no dia a dia e, diante disso, desenvolveu-se essa estratégia de adaptação emocional.…”

Coping strategies and authentic leadership: nurses’ work in 2021 during the covid-19 pandemic

“…Such correlation brought the opportunity to strengthen nurse leaders' role during the pandemic, as an environment of trust was created, 15 leading to rational planning for the best result of the strategy. 26 Th Internalized Moral Perspective dimension is driven by leaders' ethical and moral values, controlling decisions without using external influences harmful to the team. 15 The study showed the moderate positive correlation of this dimension with Planful Problem-Solving, which requires individuals to have an attitude to change the stressor assertively.…”

“…15 The study showed the moderate positive correlation of this dimension with Planful Problem-Solving, which requires individuals to have an attitude to change the stressor assertively. 26 This correlation allows nurse leaders to behave congruently with their principles.…”

Estratégias de coping de profissionais da atenção primária do município de Piracicaba durante a pandemia da Covid-19

“…Destaca-se também o F7resolução de problemas para os pós-graduados e de 2º grau, F6fuga-esquiva para os participantes de nível de escolaridade superior e de 2º grau, o F5aceitação da responsabilidade para os pós-graduados (0,766); F4suporte social para os de nível superior (0,728) e F3autocontrole (0,652) para os pós-graduados. organização do sistema de saúde, pois com a redução na satisfação no trabalho, há uma maior procura por álcool e drogas, aumento no absenteísmo e vontade de deixar o trabalho 32,33,34,35 .…”

“…No caso específico da cidade de Piracicaba, local escolhido para coleta das Foi realizada uma pesquisa quantitativa do tipo observacional de corte transversal, envolvendo um questionário sociodemográfico e a escala de coping de Folkman e Lázarus adaptada ao português (anexo 3), a qual possui 8 fatores de enfrentamento: Confronto (itens: 6,7,17,28,34,46); Afastamento (itens: 12,13,15,21,41,44); Autocontrole (itens : 10, 14, 35, 43, 54, 62, 63); Suporte social (itens : 8,18,22,31,42,45),16,33,40,47,50,58,59); Aceitação da Responsabilidade (itens: 9, 25, 29, 51); Resolução de Problemas (itens: 1,26,39,48,49,52) e Reavaliação Positiva (itens: 20,23,30,36,38,56,60), que contém, além das questões pontuadas, outras distrativas, compondo um total de 66 itens (Savóia et al, 1996).…”