“…O diagnóstico de deficiência ainda traz responsabilidades e exigências adicionais para os genitores que, além do cuidado, devem lidar com os tratamentos impostos pelo quadro clínico do bebê e com as expectativas sociais em relação a ele (Cunha, Blascovi-Assis, & Fiamenghi Jr., 2010;Scorgie, 2015), produzindo reverberações no próprio psiquismo dos pais (Reis & Paula, 2018). Nesse sentido, estudos que investigaram diferentes deficiências na faixa etária de 0 a 3 anos têm apontado para a importância de considerar a saúde mental dos responsáveis pelo bebê, cujas experiências são permeadas por altos níveis de cansaço, ansiedade e estresse (Chan et al, 2015;Goff et al, 2016;Razera, Trettene, Tabaquim, & Niquerito, 2017;Reis & Paula, 2018). Estudo realizado por Razera et al (2017), com mães de crianças com fissura labiopalatina, destacou o isolamento dos cuidadores em períodos de internação hospitalar, devido, em parte, à responsabilidade durante a recuperação da criança, ocasionando níveis elevados de estresse, fadiga e sobrecarga.…”