Este artigo tem como objetivo identificar os principais determinantes para a formação de board interlocking no mercado de capitais brasileiro. Como estrutura teórica utiliza a Teoria da Agência e Governança Corporativa, Teoria da Dependência dos Recursos e Conselho de Administração e a Caracterização do Board Interlocking. A amostra compreende 58 empresas brasileiras que participam do Índice Bovespa (Ibovespa). O estudo classifica-se como empírico-analítico. Em relação aos objetivos caracteriza-se como exploratória, quanto aos procedimentos trata-se de uma pesquisa documental. Os dados sobre os Conselhos de Administração foram coletados por meio dos Formulários de Referência, disponibilizados no website da Bolsa de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA). Os resultados encontrados demonstram que a presença de board interlocking é generalizada nessas empresas e normalmente está associada a quatro fatores: (1) formação do grupo econômico; (2) controle governamental; (3) formação de fundos de pensão; e (4) presença de profissionais com reconhecida experiência de mercado. Os resultados também sugerem que os três primeiros fatores originam ligações mais duradouras e dificilmente tais conexões são rompidas. Por outro lado, as ligações realizadas por meio de profissionais com experiência de mercado tendem a ser mais instáveis por ser a presença de tais profissionais muito requisitadas no conselho de diferentes companhias.