“…Além de apresentar inequívoco poder discriminatório, o escore de RASSI possui as seguintes vantagens: utiliza apenas seis variáveis fáceis de serem mensuradas ou coletadas e extraídas de exames complementares habitualmente disponíveis (ECG, radiografia de tórax, ECO bidimensional e Holter de 24 horas) e que fazem parte da investigação inicial obrigatória de pacientes com CCDC; avalia a função ventricular esquerda de maneira subjetiva, dispensando a medida da fração de ejeção pelo método de Simpson e valoriza as alterações tanto globais quanto segmentares da contratilidade miocárdica, essas últimas recentemente corroboradas como importantes preditores independentes de risco de eventos cardiovasculares por meio de análise criteriosa do banco de dados do estudo BENEFIT; 342 permite substituir a medida do ICT à radiografia de tórax pela medida do DDVE ao ECO, uma vez que foi observada, subsequentemente, boa correlação entre ICT > 0,50 e DDVE > 60 mm; 337 dispensa o uso de fórmulas ou calculadoras por se tratar de escore de memorização numericamente simples e factível; é capaz de predizer as três principais causas de óbitos: total, cardiovascular e súbito; 408 e, por fim, foi validado externamente em quatro coortes distintas, em momentos diferentes e por pesquisadores independentes. 408 , 424 , 450 , 451 Deve-se enfatizar que em duas dessas coortes, 424 , 451 o desfecho avaliado foi diferente daquele contemplado na publicação original (morte total) e, mesmo assim, o escore de RASSI mostrou resultados bastante reprodutíveis ( Tabela 7.1 ).…”