A análise estrutural de falhas e fraturas realizada em pedreiras de rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, Bacia do Paraná, região serrana do Estado do Rio Grande do Sul, permitiu definir quatro famílias principais de falhas: NE-SW a NNE-SSW, WNW-ESE a E-W, N-S e NW-SE (menos expressivas na escala de afloramento). Os lineamentos (392) extraídos de imagens LANDSAT TM7 e do modelo digital de elevação-SRTM, na escala 1:250.000 apresentam uma frequência de estruturas com orientação dominante WNW-ESE (N60-80W), com valores menos expressivos orientados NE-SW (N30- 40E) e NNE-SSW, N0-10E). As falhas NE-SW e E-W acham-se preenchidas por microfibras de carbonatos e óxidos (de ferro e manganês) e mostram o predomínio de cinemática transcorrente destral. Já as falhas N-S e WNW-ESE não são preenchidas por microfibras, e a cinemática das transcorrências é dominantemente sinistral. A relação cronológica entre as famílias de falhas sugere três grupos de falhas transcorrentes: um mais antigo (Eocretáceo), com direção NW e cinemática destral, um intermediário (Neocretáceo ao Paleógeno), com direções N-S a NNE-SSW (destral) e ENE-SSW a E-W (sinistral), e outro mais novo (Paleógeno ao Neógeno), com direções NE-SW (destral) e NW-SE (sinistral).