O processo de envelhecimento pode promover alterações no eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA), causando desregulação nos níveis de cortisol (resposta e recuperação inadequadas) após um estímulo estressor agudo. Para os indivíduos com comprometimento cognitivo leve (CCL), os níveis elevados de cortisol podem estar associados ao estresse crônico apesar de não conhecermos as respostas agudas ao estressor agudo. No entanto, existe uma diferença entre os gêneros e os indivíduos principalmente devido a patologias relacionadas ao envelhecimento como demência ou CCL. O objetivo do trabalho foi comparar o efeito do estressor físico agudo nos níveis de cortisol salivar entre mulheres com CCL e mulheres saudáveis. Foram selecionados idosas com diagnóstico clínico de CCL (n = 8) e idosas saudáveis (n = 10). Ambos os grupos realizaram uma triagem com teste cognitivo e físico. O estressor físico consistiu em uma caminhada de intensidade moderada em esteira por 30 min. O cortisol salivar foi coletado 3 vezes: antes, logo após e 15 minutos após a caminhada. Observou-se redução do cortisol imediatamente após o estressor físico para ambos os grupos com tamanho de efeito grande, porém esses resultados não alcançaram diferença significativa (F = 3,979; p = 0,063). A terceira coleta de cortisol pós 15 minutos mostrou um efeito significativo para o momento (F = 4,075; p = 0,031) com tamanho do efeito grande e redução dos níveis de cortisol. Independente do diagnóstico, as idosas apresentam baixa responsividade do cortisol a um estímulo físico. Apesar disso, os desfechos devem ser interpretados com cautela devidos as limitações.