O artigo busca apresentar a representatividade histórica das mulheres no decorrer dos séculos para o desenvolvimento das ciências médicas com foco na trajetória das brasileiras pretas, indígenas e transexuais na medicina, pontuando elementos conceituais que influenciaram nesse contexto para abrir passagem na sociedade com o ingresso na prática médica. Pontua as dificuldades para a formação feminina, atuação no mercado de trabalho e a geração da produção intelectual. O que norteia a pesquisa é a busca de respostas para os entraves que as mulheres desses grupos vivenciam na vida pessoal e profissional para conquistarem espaço na medicina. O objetivo geral é realizar a busca por mulheres que foram precursoras na medicina, chegando aos dias atuais, com outras mulheres médicas conquistando o mercado de trabalho e mapeando a produção intelectual delas. A metodologia proposta foi uma varredura na base de dados Science Direct, Web of Science e Plataforma Lattes em busca de artigos publicados por mulheres brasileiras no período de 2020 a 2024. Essas ferramentas são relevantes para o dimensionamento quantitativo da produção científica dessas mulheres que buscam ocupar lugar de equidade no universo elitista da medicina, apesar dos indícios de que as desigualdades sociais e o machismo ainda interferem na trajetória das mulheres na medicina, principalmente das que pertencem a grupos minoritários.