Resumo O trabalho com grupos constitui uma estratégia privilegiada pelos profissionais de saúde que envolve um processo de subjetivação e estabelecimento de vínculos comunitários. Desenvolveu-se um grupo de mulheres em tratamento pós-operatório de ombro no ambulatório de fisioterapia de um hospital instalado na cidade de Curitiba, com o objetivo de potencializar os efeitos da fisioterapia convencional, oferecendo a essas mulheres condições para melhor lidar com suas dores e limitações funcionais. Realizou-se pesquisa qualitativa que possibilitou o estabelecimento de um processo descritivo em relação ao processo grupal e o contato direto e prolongado com os sujeitos da pesquisa por meio de seis oficinas realizadas no período de outubro de 2012 a março de 2013. O relato das mulheres apontou o grupo como um espaço acolhedor, onde partilharam experiências de vida, conquistaram amizades e aprenderam com o outro. Isso permitiu um repensar sobre seu comportamento e possibilidade de mudança de atitudes. Concluiu-se que, diante da necessidade de humanização do atendimento com vistas a uma atenção integral, a utilização de grupos como apoio no processo fisioterápico pode ser uma estratégia para uma prática menos reducionista e que reconheça a necessidade do outro. Palavras-chave grupo; fisioterapia; integralidade.Abstract Working with groups is a prime strategy for health professionals, and it involves a process of subjectivity and establishment of community ties. A group of women in post-operative shoulder treatment was formed at the physiotherapy clinic of a hospital installed in the city of Curitiba, capital of the state of Paraná, Brazil, aiming to enhance the effects of conventional therapy, giving these women conditions to better cope with their pain and functional limitations. Qualitative research was carried out, which enabled the establishment of a description of the group process, as well as direct and extended contact with the subjects during six workshops held from October 2012 to March 2013. The women reported that the group was a welcoming space, where they shared life experiences, made friends, and learned from each other. This allowed them to rethink their behavior and enabled possibilities for changing attitudes. It was concluded that, given the need for humanization in care with a view to comprehensive care, using groups to support the physiotherapy process can be a strategy for a less reductionist practice that recognizes other people's needs.