Com o avanço da tecnologia e o surgimento da pandemia, o ensino mediado por tecnologias vem sendo mais utilizado para auxiliar o ensino médico. Esse estudo objetiva analisar as experiências e aplicações da tecnologia da informação e comunicação na educação médica por meio de uma revisão integrativa da literatura. Para tanto, realizou-se uma revisão integrativa com 03 descritores em 02 bibliotecas digitais com publicações de 2011 até 2021 nos idiomas português e inglês. Foram encontrados 3051 estudos, dos quais 12 foram incluídos na revisão, sendo avaliadas as particularidades do ensino remoto no ensino médico, sob os seguintes critérios: demográfico, modalidade do ensino, Tecnologias usadas, limitações e satisfação. Os resultados demonstraram o uso da teleducação com mais ênfase após o início da pandemia, com implementações e resultados diversos. Dos artigos selecionados, 66,7% abordaram a modalidade remota e 33,3% a modalidade híbrida. Além disso, 66,5% dos trabalhos referem-se a situações que sucederam a insurgência da pandemia do COVID-19, quando houve maior urgência pelo uso do ensino remoto. Os AVAs e as plataformas de videoconferência foram as tecnologias educacionais mais utilizadas. No contexto pandêmico, as ferramentas tecnológicas substituíram as aulas tradicionais presenciais de forma satisfatória, mas não de forma equivalente, havendo pouco interesse em continuar na mesma modalidade após a pandemia. No entanto, a maior facilidade na disseminação do conhecimento através da tecnologia demonstrou a importância da mescla de modalidades de ensino para um ensino médico de qualidade. Assim, podemos entender o ensino online na formação médica como uma ferramenta útil e complementar ao ensino formal, sendo insuficiente como única forma de acesso ao ensino. Conclui-se que o ensino híbrido pode ser ferramenta pedagógica promissora para melhorar a qualidade do ensino médico, desde que os alunos possuam infraestrutura de hardware e de conexão de internet adequada.