Objetivo: Mapear o conhecimento sobre os principais desafios e as possíveis oportunidades advindas do ensino remoto emergencial durante a pandemia do COVID-19 sob a perspectiva de docentes e discentes dos cursos de ensino superior das áreas de Ciências da Saúde. Método: Trata-se de uma revisão de escopo pautada nas recomendações do The Joanna Briggs Institute. Foram realizadas buscas em duas bases de dados, a fim de identificar estudos primários publicados em português, inglês e espanhol, entre os anos de 2020 e 2021, das quais foram identificadas 15 publicações que abordavam o ensino remoto emergencial em cursos de ensino superior da área de saúde. Resultados: Das publicações analisadas, 73,3% eram estudos transversais. Sete dos estudos tiveram os discentes como grupo de estudo, quatro abordaram a perspectiva docente, e três trouxeram a percepção conjunta de discentes e docentes. Os principais desafios identificados foram: o cumprimento das atividades de prática clínica, o distanciamento e menor interação entre pares, aumento da carga de trabalho, dificuldade/disparidade no acesso à internet e problemas técnicos, presença de distratores dificultando foco e motivação, dificuldade de manter atenção nesta modalidade de ensino, qualidade do ensino, baixa adesão dos discentes, insatisfação com as atividades em grupo e dificuldades em relação ao uso do dispositivo. Como oportunidades, a flexibilidade das aulas, o uso de tecnologias interativas, economia de tempo, melhoria de interação entre os discentes e docentes, possibilidades de cooperação vencidas pela barreira física. Conclusão: Do ponto de vista de discentes e docentes existiram inúmeros desafios sociais, tecnológicos (acesso e conhecimento) e pedagógicos. No entanto, este contexto também trouxe novas oportunidades, que devem ser refletidas e analisadas pela comunidade acadêmica como pontos positivos, e incorporadas estrategicamente a fim de transformar o sistema educacional.