A justiça social no mercado de trabalho é uma das maiores preocupações dos governos e das instituições internacionais na contemporaneidade. Enquanto as formas tradicionais de emprego remunerado diminuem exponencialmente devido à emergência de novas formas de trabalho, os trabalhadores enfrentam um ambiente laboral cada vez mais desigual e injusto. Essa situação prejudica tanto a ascensão profissional quanto a garantia dos direitos laborais fundamentais. O presente artigo analisa o panorama da justiça social no mercado de trabalho nacional de 2021 e 2024. Trata-se de uma pesquisa de predominância qualitativa, do tipo descritiva e exploratória. Para tanto, recorreu-se à revisão da bibliografia existente sobre a temática, assim como à análise de dados empíricos de instituições nacionais, como o Instituto Nacional de Estatística (INE), e internacionais, como a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O artigo destaca que o mercado de trabalho em Angola reflete a estrutura socioeconómica comprometida e fragilizada do país. Embora os setor de agricultura, pecuária e pesca empreguem cerca de 51,1% da força de trabalho angolana, oferece alguns dos salários mais baixos e poucas garantias de bem-estar aos trabalhadores. Os dados consultados atestam que os salários mais altos na função pública angolana que não ultrapassam 600 USD mensais, e paralelamente, são insatisfatórios para os profissionais. Esse cenário reforça a urgência de abordar continuamente a problemática laboral em Angola e de se desenvolverem políticas que se ajustem à realidade do mercado de trabalho angolano.