“…Nessa trama de acontecimentos, nos espaços e tempos da escola, há resistência, por um lado, de movimentos forjados por um jogo constituído de regulamentos e disciplinamentos e, por outro, os movimentos de fuga das infâncias. Elas são andarilhas de caminhos encantados, que ao se movimentarem exalam resistência, pois seus corpos são locus de práticas de poder e, por não serem cera moldável, resistem aos chamados da heteronorma (Rodrigues, Prado, Roseiro, 2018). Elas são incorrigíveis frente às instituições disciplinares que desejam governá-las, por isso existem, enchendo o ar de chispas como fogueirinhas que, com suas diferenças, brilham com luz própria, incendiando a vida com tanta vontade que é impossível olhá-las sem pestanejar, e "[...] quem chega perto pega fogo" (Galeano, 2017, p. 13).…”