Crustal Anatexis and Granite Genesis in the Socorro-Guaxupé Thrust Nappe, Southeastern Brazil: Some Constraints From Elemental Geochemistry

Abstract

Três suítes de granitos foram produzidas há ca. 620-630 Ma por fusão parcial de uma seção crustal exposta como um terrene alóctone de alto grau (a Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé) a sul do Cráton do São Francisco, SE do Brasil. Os notáveis contrastes petrográficos e geoquímicos entre as suítes refletem sua geração a partir de diferentes protolitos sob condições variáveis de P, T e a(H 2 O). A suíte São José do Rio Pardo (SJRP) é formada por corpos tabulares dobrados com uma associação consanguínea de rochas mangeríticas a graníticas predominante que resultou de cristalização fracionada in situ de magmas quartzo mangeríticos de baixo mg#, Ca e Sr. Os conteúdos muito baixos de elementos traços radiogênicos (Rb, Cs, Th, U) e H 2 O inferidos para os magmas parentais indicam uma fonte granulítica empobrecida que, como deduzido pela termometria de saturação em zircão, foi fundida a temperaturas anomalamente elevadas (até 1000°C). Altas razões K/Rb e Ba/Sr e anomalias positivas de Eu, especialmente evidentes em um conjunto de rochas charnoquíticas não-cumuláticas, parecem refletir fusão em desequilíbrio envolvendo feldspato potássico como fase consumida, provavelmente como resultado da natureza anidra dos magmas e da rápida extração do fundido. Os granitos tipo Pinhal ocorrem como inúmeros corpos pequenos de biotita granito róseo equigranular, em parte nebulítico, intimamente associado a gnaisses migmatíticos. Esses granitos são interpretados como produtos de fusão associada a quebra de biotita a ca. 850°C a partir de protolitos de composição tonalítica-granodiorítica, como indicam seus padrões de ETR fracionados (sugestivos da presença de granada no resíduo), além das anomalias negativas de Eu e razões Rb/Sr mais elevadas em relação as demais suítes (ambos sugestivos de um resíduo rico em plagioclásio e pobre em biotita, possivelmente granulítico). Os granada-biotita granitos tipo Nazaré Paulista, também intimamente associados a gnaisses migmátiticos, correspondem a produtos de fusão a temperaturas mais baixas (700-800°C, como inferido da termometria de satura9ao em zircao e monazita) de protolitos com um componente metassedimentar importante. Conteúdos comparativamente elevados de Ca e Sr e anomalias de Eu levemente positivas a nulas, além de baixos Rb e Ba, indicam um residue com biotita abundante e pobre em plagioclásio ou com plagioclásio rico em Ca. A anatexia generalizada da seção crustal neoproterozóica estudada deve refletir a influência de uma importante anomalia térmica de magnitude incomum em orógenos colisionais, que foi responsável pela geração, em um curto intervalo de tempo, de tipos de granitos normalmente encontrados em diferentes ambientes tectônicos (e.g., a suíte mangerito-charnockito-granito SJRP e os leucogranitos peraluminosos associados a suíte Nazaré Paulista).

Petrogênese de granitos crustais na Nappe de Empurrão Socorro-Guaxupé (SP-MG): uma contribuição da geoquímica elemental e isotópica

“…Esse padrão resulta semelhante ao previamente obtido na amostra NP-32 (Janasi, 1997a) A amostra NP50a (granito branco Nazaré Paulista) tem padrão de ETR distinto, mas não totalmente ímpar na suite (cf. amostras Np32; Janasi, 1997a, e lb; Ragatki,199g) (Bea, 1996a (0,715-0,71s (0,076) (Barbero et al, 1995;Hammouda et al, 1996) (Haddad,199s (Janasi, 1993;Janasi et al, 1993 Titanita e allanita são minerais acessórios cálcicos típicos de granitos metaluminosos, i.e., com A/CNK <1 e AÀtrK > l; jâ a monazita é mineral acessório típico (e.g., vlach, 1983), embora não exclusivo (Bea, 1996a) La'¡Nb = 4-8); os granitos do subtipo 3 sc77a (Fig. a.9 (Janasi, 1992 (Bea, 1996a (Fig.…”

“…Em artigo publicado recentemente (Janasi, 1997a), agrupei os granitos anatéticos presentes na NESG em hês tipos principais: (l) os granada-biotita granitos tipo Nazaré paulista, aflorantes no extremo meridional da NESG, que teriam se gerado a níveis mais rasos, e sob temperaturas relativamente baixas (700-800' C) a partir de fontes que incluiriam contribução importante de matetial de derivação metassedimentar; (2) os biotita granitos tipo pinhal, aflorantes na porção slv do Domínio Guaxupé (metade setenhional da NESG), que teriam se gerado tipicamente por reações de quebra de biotita a T em tomo de 850o C a partir de protolitos ricos em feldspato (gnaisses e/ou granulitos), e (3) a suite mangerítica-granítica São José do Rio pardo, objeto de estudos anteriores (Janasi, 1992(Janasi, , rgg5, 1997b, que indicaram sua geração a partir de rochas granulíticas empobrecidas em elementos radiogênicos a temperaturas bastante elevadas (900-1000" c).…”

Caracterização Geoquímica Preliminar Dos Granitóides Aflorantes Nas Vizinhanças Do Batólito Pinhal-Ipuiúna (Sp-Mg)

“…O caráter fracionado desses granitos e suas composições modais próximas às do mínimo granítico são consistentes com sua origem por anatexia crustal. As características químicas dos granitos tipo Pinhal são comparadas às de outros granitos anatéticos contemporâneos presentes regionalmente em outro trabalho (Janasi 1997), onde se infere sua origem por fusão de protolitos metaluminosos de composição tonalítica-granodiorítica induzida pela quebra de biotita a temperaturas da ordem de 850°C. As variações químicas observadas entre os grupos bge e bge/i parecem revelar contrastes em termos de área-fonte e/ou mecanismos de extração dos magmas (maiores teores de ETRL e Zr em bge/i revelam maior temperatura de fusão ou simplesmente que a velocidade de extração dos magmas que formaram os granitos do grupo bge foi maior que a velocidade de dissolução dos minerais que continham esses elementosparticularmente zircão e allanita?…”

Idades e cinemática do processo de anatexia de Crosta Continental profunda no domínio Norte da Nappe Socorro-Guaxupé, orógeno Brasilia Meridional

“…A exumação do lobo norte, Guaxupé, da NSG se deu por volta de 610 Ma, idade de colocação dos maciços sieníticos pós-colisionais. Os principais litotipos são mangeritos e quartzo-mangeritos verde escuros de granulação média a grossa com cerca de 10% de minerais máficos (Janasi, 1997).…”

“…Os mangeritos dominam em uma tendência composicional de norito-jotunitomangerito-charnoquito (Campos Neto & Figueiredo, 1985 (Janasi, 1997). Dois tipos petrográficos de granitos peraluminosos também podem ocorrer, sendo um de cor branca e composição leucotonalítica com granada e outro róseo também com granada.…”