Atos de jornalismo são praticados por profissionais e amadores, o que não significa que inexistam tensões entre eles. A partir de entrevistas com sujeitos dos coletivos cariocas Carranca e Mídia Independente Coletiva, observamos como amadores caracterizam seus valores morais e como avaliam os valores dos profissionais. Destacamos ainda como profissionais julgam os valores dos não-jornalistas. Os resultados problematizam a identidade no jornalismo e o romantismo que a caracteriza. Embora comunguem de um ethos idealizado, amadores consideram que a deontologia constrange suas práticas. Profissionais, por sua vez, mobilizam virtudes próprias para autopreservar suas identidades.