O presente estudo, com abordagem descritiva de caráter exploratório, quantitativo e qualitativo, objetivou identificar razões da escolha de fitoterapia na cidade do Rio de Janeiro. A população de estudo foi composta por 50 usuários de uma unidade básica de saúde (UBS), que oferta fitoterapia, na área programática (AP 2.1). Participaram da pesquisa, com abordagem na Teoria de Análise de Redes Sociais, pessoas que declararam fazer uso de plantas medicinais e/ou fitoterápicos. Buscou-se, por meio de um breve roteiro, identificar o perfil sociodemográfico dos usuários, quem foram as pessoas que haviam indicado a fitoterapia e quais eram as razões para seu uso. Como resultado sobre as razões de uso para a fitoterapia evidenciamos neste estudo que 1- Ela está fortemente ligada à rede pessoal do usuário. A indicação na rede pessoal é maior do que na rede formal de saúde, aqui representada pela UBS; 2- Parece haver correlação entre sistema de crenças pessoais, como cientificidade e religiosidade/espiritualidade em certos casos; 3- Identificamos uma percepção da fitoterapia pelo usuário como sendo uma terapêutica menos agressiva em termos de efeitos colaterais e adversos. Para institucionalização da fitoterapia na atenção primária, os resultados sugerem que o acesso à informação e a indicação sobre a prática da fitoterapia é fortemente ligada aos contextos sociais. Portanto, estas evidências sugerem a importância de que sejam inseridos nos serviços de fitoterapia espaços de discussão concernentes ao paradigma das Práticas Integrativas e Complementares.