Realizou-se uma pesquisa documental e de campo em seis instituições por meio de questionários e entrevistas com 94 sujeitos e análise de documentos institucionais. Chegouse às seguintes conclusões: os currículos dos cursos de Pedagogia estudados têm sido ampliados, mas a comunidade acadêmica e escolar restringem-nos à formação para a Educação Infantil e por esse motivo rejeita os homens para esse nível de ensino; o magistério reflete uma cultura acadêmica e escolar subsistente que, a despeito dos anseios profissionais masculinos e femininos, foi historicamente marcado pela divisão sexual do trabalho em determinados espaços escolares. Em algumas experiências, o magistério é dimensionado por concepções que educam, transformam, mas também excluem, reproduzem preconceitos e estereótipos, consequências de fatores econômicos, sociais e culturais que ora estimulam os homens e mulheres à inserção, ora forçam-nos à evasão do referido campo de trabalho. Os homens e mulheres, no cotidiano acadêmico dos cursos pesquisados, não obstante os estereótipos e preconceitos sofridos e até a intolerância da comunidade ao curso que realizam, criam identidades, revelam sentimentos, adquirem habilidades, produzem conhecimentos e, mais que constroem ou reconstroem masculinidades e feminilidades, reinventam homens e mulheres professores/as.