Este artigo discute como as ideias defendidas pelo Movimento da Matemática Moderna (MMM) nas décadas de 1960 e 1970, no estado de São Paulo, Brasil. A periodicidade do texto relaciona-se à um período de expansão e criação dos sistemas de ensino no Brasil, com transformações na estrutura, no funcionamento, nos programas e no currículo de Matemática, de acordo com as normativas impostas pelas Leis de Diretrizes e Bases 4.024/61 e 5.692/71. Na articulação das questões, fez-se uso da abordagem da História Cultural e apoiada nos conceitos de representação, apropriação e estratégias, colocadas por Chartier (1991) e Certeau (1982). Verificou-se que as propostas do MMM foram consideradas as mais adequadas, em grande medida devido à necessidade de democratização do ensino, pela possibilidade de ser utilizada como estratégia para implementar a reformulação curricular e de divulgar novas diretivas para o ensino de Matemática, oferecendo instrumentos para o acesso a uma nova sociedade tecnológica e mais científica.
Este artigo versa sobre a trajetória profissional de Euclides de Medeiros Guimarães Roxo, professor de matemática do Colégio Pedro II, nas primeiras décadas de século XX. Discorre sobre as propostas pedagógicas para modernização do ensino secundário de matemática no Brasil, que pretendia incorporar, numa só disciplina, a aritmética, a álgebra e a geometria, até então ensinados em separado. Essas modificações foram inspiradas pelo movimento internacional de reforma da matemática, orientado pelo matemático alemão Felix Klein (1849-1925) que se mostrava presente em vários países da Europa. Além disso, Roxo apropriou-se das ideias do matemático e filósofo francês Henri Poincaré (1854-1912), defensor da filosofia intuicionista, para fundamentar suas propostas de renovação do ensino da matemática, adotadas pela reforma Francisco Campos. Para tanto, toma-se como principal fonte de pesquisa documentos que se encontram no Arquivo Pessoal Euclides Roxo (APER), utilizando-se como aporte teórico ensinamentos da história cultural. A reforma Francisco Campos, ao acatar aspectos próprios da corrente filosófica do intuicionismo, que não estavam presentes no ensino tradicional e propostos pelo professor Roxo fez surgir discussões generalizadas na sociedade brasileira, levando a uma reflexão acerca de um modelo até então aceito, sem maiores questionamentos.
ResumoEste artigo apresenta a história de vida do educador matemático brasileiro Ubiratan D'Ambrosio. Buscou-se reconstruir sua trajetória pessoal e profissional desde sua infância aos dias atuais. Para tanto, foram realizadas diversas entrevistas e consultados documentos de seu acervo pessoal, fundamentando-se, teoricamente, nas ideias de Nóvoa (2000), considerando-se a impossibilidade de desvincular o professor como profissional e o professor como pessoa. As vivências e aprendizagens desse educador permitem descortinar um panorama da Educação Matemática, a partir da década de 1940, pois são fecundas para a compreensão dos percursos de formação docente e contribuem para a apropriação de diferentes processos de ensino e aprendizagem e apreensão do cotidiano escolar. Palavras AbstractThis article presents a life story of the Brazilian mathematics educator Ubiratan D'Ambrosio. It intends to rebuild his personal and professional trajectory from his childhood to the present day. Thus, several interviews were conducted and documents were consulted from his personal archive, and it was theoretically based in Nóvoa (2000) ideas, considering the impossibility of unlinking the professional teacher from his person. D'Ambrosio's experiences and learning enable the unveiling, of an overview of mathematics education in Brazil from the
Com a pretensão de contribuir para o estudo da dinâmica das relaçõesentre matemáticos e professores de matemática no contexto doMovimento da Matemática Moderna (MMM) no Brasil, este artigo voltasepara a discussão entre cultura acadêmica e cultura escolar, categoriasque consideramos relevantes para o aprofundamento desse assunto.Buscamos constatar como se processam as práticas do fazer matemáticoa partir de aportes teóricos propugnados pela História Cultural. Dessaforma, procuramos retratar as práticas do cotidiano de matemáticosbrasileiros e o modo como estas foram apropriadas pelo ensinosecundário, a partir de análise de algumas de suas produções científicase propostas para o ensino da matemática, utilizando como fontes livrosdidáticos, documentos de arquivos escolares e de arquivos pessoais, etc.Para tanto, tomamos os matemáticos Omar Catunda, Benedito Castruccie Luiz Henrique Jacy Monteiro como personagens representativos dosmodos de pensar daquele período, qual seja, o do MMM.
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