Esta pesquisa tem o objetivo de apresentar um panorama sobre os principais aspectos que norteiam a educação científica bilíngue e visual para estudantes surdos, considerando aproximações com o Ensino de Física e com a Educação em Astronomia. Para isso, foi realizado um levantamento bibliográfico em revistas nacionais da área, buscando estabelecer as principais barreiras linguísticas enfrentadas na educação científica para estudantes surdos. Bem como, possibilitar o reconhecimento sobre como essas barreiras podem ser ultrapassadas e quais são as estratégias, práticas didáticas e recursos visuais utilizados para superar as dificuldades enfrentadas na educação científica para surdos. Assim, dentre as principais barreiras linguísticas se destacam o desconhecimento sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e cultura surda pelos(as) docentes, pouco entendimento sobre os conceitos da área da Física por parte dos(as) Intérpretes de Libras, a escassez de sinais para terminologias científicas, principalmente em Astronomia, bem como, um aprendizado tardio de Libras e da língua portuguesa escrita pelos(as) estudantes surdos(as). Além disso, as maiores problemáticas na educação científica para surdos se encontram no contexto da escola regular e, com isso, há um maior número de estudos que abordam sobre esse contexto. Felizmente, muitas pesquisas vêm apontando possíveis soluções para essas problemáticas. De modo geral, tanto docentes quanto Intérpretes de Libras têm recorrido ao uso de estratégias e recursos didático-pedagógicos visuais e bilíngues, considerando diferentes modos, corporais, sensoriais e multimodais, na promoção interação, comunicação e do processo de ensino-aprendizagem científico.