Cultures urbaines et activités physiques et sportives. La « sportification » du parkour et du street golf comme médiation culturelle

Abstract

The article explores the process of "sportification"--i.e., processing physical activity in a sport regulated by a set of rules and standards, legitimized by supervisory institutions--from two originals practices, parkour and urban golf. To study these practices, we crossed the contributions of urban sociology and of the contemporary sociology of sport while respecting the methodological principles of qualitative sociology. A first point concerns the process of"sport" itself, its definition, its various stages, and the role played by communication of stakeholders on public space. The cultural mediation shows us how to institutionalize the movement that represents the "sports" resulted in the same time reconfiguration of physical practices themselves. Recent events illustrate the ongoing reconfiguration, we will detail them. Finally, we show the effects produced by the process on the definition of urban culture and sports: setting sight of activities, enhanced cooperation with the media-cultural, polarization between different types of practical in the case of parkour, around a confrontation between two of the founders.

Condições sociais de emergência de um subcampo esportivo: o caso do parkour (Social conditions of emergency of a sportive subfield: the case of parkour) (Condiciones sociales de emergencia de un subcampo deportivo: el caso del parkour)

“…A crescente midiatização dos bens culturais e sua articulação à lógica esportiva com todas suas normatizações e competições, produziu transformações decisivas no habitus dos praticantes de parkour e, portanto, na própria estruturação do referido subcampo. Algumas dessas modificações podem ter relação direta com ações protagonizadas no interior do campo midiático, a exemplo da divulgação do filme Rush Hour (2002) Lebreton et al (2010), a indústria de comunicação além de constituir um dos vetores da institucionalização e reconhecimento dessa prática, contribuiu para difundir os estilos da modalidade e, portanto, as formas de praticá-la.…”

“…Fonte: Adaptado de Lebreton et al (2010) sugeriu o nome freerunning (corrida livre) em detrimento ao termo parkour. Com o lançamento desse documentário, as diferenças entre as modalidades tornaram-se marcantes, conforme se expõe a seguir: Como possível observar na figura 1, a divulgação do filme Yamakasi no ano de 2001, representa um ponto de inflexão importante na diferenciação entre parkour e freerunning, pois já aponta para concepções distintas de levar a efeito a prática da modalidade até então integrada, em um embate que se personificou nas figuras de David Belle e Sébastien Foucan, os dois principais franceses idealizadores do parkour.…”

What influences organisational evolution of modern sport: the case of skateboarding

“…Overall, sportification can be observed in different social activities as it is envisaged as a process of globalisation (Collinet et al , 2013). Evolution of some new practices into more standardised forms and integration of them into the dominant sport culture has been discussed over the past 20 years, for example, in free skiing and snowboarding (Midol, 1993; Midol and Broyer, 1995), climbing (Aubel and Ohl, 2004; Batuev and Robinson, 2018); parkour and street golf (Lebreton et al , 2010) the MMA, break-dancing and speleology (Collinet et al , 2013) and various action sports (Thorpe and Wheaton, 2011, 2016). Most of these researchers highlighted tensions and conflicts that revolve around the extent of standardisation and institutional recognition of those practices.…”

L’exercice sportif : entre douleur et plaisir

“…Face à cette expérience d'une douleur, voire d'une blessure jugée nécessaire à la socialisation/sportiication/ sportivisation (Lebreton et al, 2010), de nombreuses « recettes », véritables « icelles du métier » (Becker, 2002) sont échangées. Elles permettent à la fois de mieux vivre sa vie de sportifs, et de maintenir une activité et une performance attendue.…”