O presente artigo tem por finalidade expor a origem da educação doméstica no estado de Sergipe, desde seus primeiros indícios até o final do século XIX. Nesse sentido, compreenderemos a história da educação doméstica instaurada à sombra da fragilidade e dos ensaios de instalação da ordem educativa pública estatal apresentada em Sergipe, mantendo e dando sobrevida ao ensino na casa do mestre e da família que, persistem na realidade educacional atual, desta vez, sob o contorno do “ensino de banca”. Para dar cabo dessa tarefa, nos utilizamos dos estudos de Santos (2013); Santos (2011); Vasconcelos (2005) e Silva (2008) que, em suas referidas obras, desvenderam a existência de uma rede de letramento de cunho particular e doméstico durante mais de dois séculos em nosso país, bem como, observamos os indícios dessa prática nas ofertas de ensino presentes nos impressos sergipanos. Contamos também com o apoio da legislação sergipana no período imperial que, demonstrava apoio e conivência com essa prática. Fato é que, sua sobrevivência se deve aos enlaces políticos e sociais que ditaram o modo de vida de uma população carente em iniciativas públicas escolares, explicando seus incentivos e permanências.