O presente estudo, realizado pelo método hipotético-dedutivo e elaborado a partir da técnica de pesquisa bibliográfica, objetiva analisar criticamente a intersecção entre as figuras do apátrida, em Hanna Arendt, e do cidadão sacrificial, cunhado a partir da razão política neoliberal, sob o seu ponto em comum, identificado como o ideal da cidadania. O problema de investigação é: como a cidadania transita entre ambas as categorias (o apátrida e o cidadão sacrificial) e se instala como fator categórico à (in)efetividade dos Direitos Humanos? Parte-se da hipótese de que, em relação ao apátrida, a cidadania atua como pressuposto político aos Direitos Humanos, ao passo que, no século XXI, tal prerrogativa se inverte a partir da razão neoliberal, à medida que utiliza do ideário cidadão como forma de irromper violações aos direitos fundamentais; fazendo da exceção, a regra – tal qual no século XX.