“…A estrutura dos encontros seguiu a metodologia de intervenção psicossocial proposta por Costa et al 2015, que é organizada em três momentos: aquecimento, desenvolvimento e encerramento. Cada encontro grupal foi norteado por temas específicos, com base nos principais aspectos relacionados à dificuldade de diferenciação dos papéis conjugais e parentais (Brito, Cardoso, & Oliveira, 2010;Cerveny, 2006;Juras & Costa, 2011;Lamela et al, 2009), e seguiu o seguinte delineamento: 1) Integração dos participantes: Aquecimento com uma atividade de apresentação, elaboração de desenho da família, discussão sobre temas relacionados à família e a separação conjugal; 2) Conjugalidade: Aquecimento com leitura e discussão de um poema sobre laços, atividade do ritual de cremação do laço conjugal, compartilhamento de aprendizados durante o relacionamento conjugal e o encerramento desse vínculo; 3) Parentalidade: Discussão sobre os papéis que os filhos podem desempenhar após a separação, utilizando as imagens de "cola, bala e mala", ou seja, o filho com o papel de unir os pais, levar insultos ou recados de um genitor ao outro (Cerveny, 2006); 4) Comunicação: A atividade de telefone sem fio (prejudicada pelo pequeno número de participantes) foi trocada pela discussão sobre o padrão de comunicação entre o par parental; 5) Transgeracionalidade: Após aquecimento com a música "Como Nossos Pais" (Belchior, 1976), foi entregue um cartaz com os genogramas de três gerações desenhados, incluindo o ex-cônjuge e sua família (o genograma havia sido feito na entrevista de acolhimento), para proporcionar discussão a respeito do aprendizado familiar sobre parentalidade e conjugalidade; 6) Rede social de apoio: Cada participante recebeu uma cartolina com o mapa de redes (Sluzki, 1997), com os quadrantes: família, amigos, bairro/trabalho e intuições/serviços, para que fossem identificadas as pessoas que consideraram importantes em suas vidas; 7) Avaliação e encerramento: Foi realizada a avaliação de cada participante sobre mudanças individuais e sobre o processo grupal a partir da música "Tocando em Frente" (Sater & Teixeira, 1991).…”