Decidindo “caso a caso” a presença familiar no serviço de atendimento emergencial

Abstract

Resumo Objetivo Compreender como médicos e enfermeiros vivenciam e percebem a presença da família no serviço de atendimento emergencial. Métodos Estudo qualitativo que utilizou o Interacionismo Simbólico como referencial teórico e a Teoria Fundamentada nos Dados como referencial metodológico. Participaram 20 profissionais – divididos equitativamente entre médicos e enfermeiros – que atuavam em duas Salas de Emergência localizadas no Sul do Brasil. Os dados foram coletados entre outubro de 2016 e fevereiro de 2017, por meio de entrevistas. Resultados Identificou-se a existência de uma cultura social de exclusão familiar, amplamente difundida e praticada pelos profissionais. Contudo, às vezes, as famílias permanecem com seus entes queridos na Sala de Emergência, visto que os profissionais analisam e decidem “caso a caso”, considerando diferentes aspectos ao longo do processo assistencial. Conclusão Para médicos e enfermeiros múltiplos aspectos estão relacionados na determinação da presença familiar durante o atendimento emergencial. Assim, não é aconselhável uma diretiva única para a presença da família. Em realidade, sugere-se que cada unidade de saúde elabore seus protocolos considerando as particularidades locais.

Comunicação De Más Notícias Em Emergências Pediátricas: Experiências Dos Profissionais No Contexto Pré-Hospitalar

“…Os profissionais ficam compadecidos diante da angústia dos familiares das vítimas e sentem-se cobrados por eles por condutas resolutivas para aquela situação (20) . A presença do familiar pode incomodar a equipe, devido à possibilidade de distração, e atrapalhar o profissional na sua conduta, o que pode desencadear incômodo e estresse (22) .…”

“…Pesquisas vêm enfatizando que, diante da morte, os profissionais adotam uma postura mais distante e fria, com o objetivo de disfarçar a tristeza e o desconforto, além de sentimentos, como culpa e fracasso (20,23) . Excluir ou barrar a família diante de procedimentos invasivos e emergenciais é um ato quase simbólico, compartilhado com a maioria dos profissionais de emergência, justificado pela falta de recursos físicos, pela gravidade do paciente, pela filosofia de cuidado e pela falta de formação (20) .…”

“…Pesquisas vêm enfatizando que, diante da morte, os profissionais adotam uma postura mais distante e fria, com o objetivo de disfarçar a tristeza e o desconforto, além de sentimentos, como culpa e fracasso (20,23) . Excluir ou barrar a família diante de procedimentos invasivos e emergenciais é um ato quase simbólico, compartilhado com a maioria dos profissionais de emergência, justificado pela falta de recursos físicos, pela gravidade do paciente, pela filosofia de cuidado e pela falta de formação (20) . Ao contrário dessa postura, recomenda-se que as comunicações difíceis não sejam adiadas, porém deve-se aplicar termos que sejam compreensíveis e adequados ao entendimento da família, o que possibilita melhor compreensão da evolução do caso (22) .…”

“…Ao interpretar que esta é uma situação desesperadora para a família, eles tentam estabelecer um vínculo rápido e cultivar crenças positivas, a fim de mitigar a angústia. Do ponto de vista relacional, é importante que o profissional exerça empatia nos setores de emergência, buscando compreender as angústias em torno desse cuidado (20) . A comunicação efetiva, a resolutiva em relação às questões de saúde e a possibilidade de estar com o familiar são percebidas como ações de um bom atendimento…”

“…; revisar o nome e o caso do paciente antes de comunicar (13) ; apresentar-se e indicar seu papel no atendimento ao paciente (13) ; escolher um lugar reservado (12) ; ter uma atitude receptiva em relação à família (20) ; entender o que eles (parentes) já sabem (13)(14) ; reavaliar o que aconteceu durante suas ações de cuidado (13) ; incorporar o contexto sociocultural do paciente (25) ; manter relação ética, empática e interpessoal (14,25) ; promover acompanhamento da equipe multidisciplinar (12) ; ter a presença de um membro significativo (12)(13) ; responder perguntas, acolher e ouvir a família de forma menos traumática e mais humanizada (13,25) .…”