ResumoEste artigo descreve o levantamento de sítios arqueológicos em territó-rios tradicionalmente ocupados na Amazônia. O que é imprescindível para o nosso acesso aos locais é o conhecimento territorial dos ocupantes. Ao relatar o processo de desenvolvimento de pesquisas arqueológi-cas nas margens de três dos principais rios da Amazônia (Tapajós, Madeira e Solimões), pretendemos explorar as variadas relações existentes entre as comunidades tradicionais e os recursos arqueológicos existentes em seus territórios, desafiando conceitos estanques do significado de patrimônio. Propomos que arqueólogos busquem ser parceiros das comunidades tradicionais, as quais têm contribuições inestimáveis para a geração do conhecimento.Palavras-chave: Arqueologia na Amazônia, prospecção arqueológica, comunidades tradicionais, rios Tapajós, Madeira e Solimões, Lago Tefé.
ON THE MARGINS: AMAZONIAN ARCHAEOLOGY IN TRA-DITIONALLY OCCUPIED TERRITORIES
AbstractThe article describes archaeological surveys carried out in traditionally occupied territories in Amazonia, in which the territorial knowledge of current inhabitants constitutes a key factor in access to sites. In writing about the archaeology along the banks of three of the Amazonia's main rivers (Tapajós, Madeira and Solimões), we hope to explore the varied relations between these communities and the archaeological resources of their territories, challenging rigid conceptions on archaeological heritage. We propose that archaeologists seek to become partners of the traditional communities who provide them with invaluable contributions.
EN EL MARGEN Y AL MARGEN: ARQUEOLOGÍA AMAZÓNI-CA EN TERRITORIOS TRADICIONALMENTE OCUPADOS
ResumenEste artículo describe un estudio de los sitios arqueológicos en territorios tradicionalmente ocupados en la Amazonía, cuyo acceso depende del conocimiento territorial esencial de sus ocupantes. Al describir el proceso de desarrollo de la investigación arqueológica en las riberas de los tres principales ríos de la Amazonía (Tapajós, Madeira y Solimões) los autores tienen la intención de explorar las variadas relaciones entre las comunidades tradicionales y los recursos arqueológicos existentes en sus territorios, desafiando conceptos rígidos del significado del patrimonio. Se propone que los arqueólogos se asocien a las comunidades tradicionales, cuyas contribuciones a la generación de conocimiento tienen un valor incalculable.