RESUMOOs dentes que irrompem prematuramente, desde o nascimento ou após este, são comumente chamados de dentes natais ou neonatais. Eles são classificados de acordo com o grau de maturidade ou aparência. Os dentes natais são mais comuns do que os neonatais. Geralmente pertencem à dentição decídua, ocorrem bilateralmente, sua etiologia é ainda desconhecida, porém a teoria mais aceitável é que o germe dentário tem localização superficial. Clinicamente se parecem com dentes decíduos normais, entretanto são menores, às vezes de formato cônico. Costumam ser móveis devido à falta de formação de raízes e apresentam alterações no esmalte; eles podem revelar uma aparência imatura com hipoplasia de esmalte afiada e irregular; sua coloração pode ser acastanhadaamarelada ou opaca esbranquiçada. Radiograficamente, há ausência de raiz, histologicamente, a maioria dos dentes natais e neonatais pode seguir um padrão normal de mineralização, mas também apresentam alterações no esmalte e na dentina. Outros achados incluem ausência da camada basal de Weil, bainha de Hertwig e cemento; além de um aumento no número de vasos sanguíneos dilatados na polpa. O tratamento deve ser adaptado, considerando-se individualmente o dente e as características únicas de cada criança. Os tratamentos disponíveis são: extração ou manutenção do dente na arcada. A complicação mais comum dos dentes neonatais ou natais é a ulceração traumática da parte ventral da língua devido à fricção, chamada de úlcera de Riga Fede. Primordialmente não há relatos de aspiração. O tratamento dos dentes natais e neonatais deve ser considerado cuidadosamente; estimando sua mobilidade, integridade, compromisso com a alimentação e a presença de qualquer úlcera.