ResumoAs Indicações Geográficas (IGs) podem ser entendidas, do ponto de vista econômico, como uma estratégia para agregar valor a produtos ou serviços que têm características próprias relacionadas ao território ao qual estão inseridas, e, assim, fortalecer o desenvolvimento territorial. O instituto se divide em indicação de procedência (IP) e denominação de origem (DO). O primeiro indica que produtos ou serviços procedem de determinado lugar, cujos elementos principais para sua caracterização são as ações do homem e o saber fazer. O segundo destaca que, além dos elementos de produção humana, requer que o produto se caracterize pelos elementos da natureza, tais como relevo, clima e solo. As IGs visam a proteger os produtos, os produtores e, principalmente, garantir a qualidade e a informação aos consumidores. A análise do presente artigo é caracterizada como qualitativa e descritiva e quanto aos meios de investigação classifica-se como bibliográfica. A pesquisa bibliográfica foi realizada como meio de investigação em fontes secundárias. Procurou-se verificar como o instituto da IG pode promover o desenvolvimento territorial, identificando pontos fortes e vocações econômicas que podem tornar a região mais competitiva a partir da análise da experiência da IP dos Vales da Uva Goethe, na região de Urussanga -SC. O estudo demonstrou que as IGs podem ser verdadeiras catalisadoras do desenvolvimento territorial. Na experiência da Indicação de Procedência dos Vales da Uva Goethe, observou-se importantes vantagens, sobretudo econômicas, após o reconhecimento, como o aumento nas vendas e o acesso a novos mercados. Além disso, identificou-se o desenvolvimento de atividades complementares, como o enoturismo e a preservação da identidade local.Palavras-chave: Indicação geográfica. Desenvolvimento territorial. Vitivinicultura. Agregação de valor. Uva Goethe.